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sábado, 30 de novembro de 2013

DOR CRÔNICA VAI ALÉM DO LIMITE



A dor intensa e crônica da doença reumática denominada fibromialgia já foi associada a pessoas da terceira idade. Hoje, no entanto, sabe-se que o mal aparece em qualquer tempo.
"O mais comum é acometer as mulheres na faixa etária entre 35 e 50 anos. Mas já atendemos uma adolescente de 13 anos", afirma a fisioterapeuta e mestre em Fisioterapia, Márcia Regina Benedeti.

Márcia integra a equipe de professores e acadêmicos de Medicina, Psicologia, Fisioterapia e Nutrição do Cesumar que coordena o Projeto para Portadores de Fibromialgia.

A iniciativa começou neste mês e é aberta à comunidade. Ela destaca que quem sofre da doença pode passar meses sem sintoma algum. De repente, sem aviso, sente o corpo todo doer muito e por todos os lugares.

A fisioterapeuta explica que, durante as crises, o paciente fica muito sensível. A dor difusa e persistente faz com que a pessoa se incomode com a luz, com o barulho. O sono não vem e mesmo quando induzido por remédios não oferece o efeito reparador necessário. O desconforto provocado pelas crises agudas, acrescenta Márcia, também torna difícil executar as tarefas mais simples do dia a dia, como comer, caminhar ou cozinhar.

Por causa desses distúrbios, afirma a fisioterapeuta, o paciente tende ao isolamento e sofre muito. "É fácil perder a paciência. Por isso, é importante buscar ajuda e informação. O nosso trabalho é uma espécie de resgate, tira o paciente do isolamento e alivia os sintomas", ressalta.

Um dos tratamentos recomendados para o controle da dor são as atividades fisioterapêuticas dentro de piscinas. As chamadas hidroterapias integram um grupo de ações que inclui medicação, apoio psicológico e alimentação correta.

Para o psicólogo e mestre em Psicologia, Leonardo de Oliveira, que coordena o programa do Cesumar, viver com fibromialgia significa modificar o ciclo do sono, sentir dores intensas sem qualquer aviso prévio, ter alterações intestinais e até desenvolver transtornos psicológicos como ansiedade e depressão.

Ele declara que o tratamento para os pacientes é multidisciplinar, porque reúne um conjunto integrado de ferramentas, que auxilia quem precisa lidar com os efeitos da síndrome.

Oliveira comenta que a proposta do programa é expandir o universo desse paciente e apoiá-lo. "A doença ainda não tem cura. Então, temos que amenizar o sofrimento. O clínico vai receitar os remédios contra o desconforto físico; fisioterapia e psicoterapia proporcionam conforto e alívio, juntamente com a alimentação balanceada", diz.

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