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terça-feira, 8 de julho de 2014

ESTUDO MOSTRA QUE DISGNÓSTICO DO CÂNCER INFANTO-JUVENIL DEMORA ATÉ 8 ANOS



Dados da UFMG alertam para a necessidade de identificação ágil da doença, a que mais mata brasileiros de 1 a 19 anos no país; chances de cura, que são altas, dependem disso
Diagnosticar o câncer infanto-juvenil de forma rápida ainda é um desafio para o país. Dados de um estudo realizado no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) mostram que alguns pacientes aguardaram até oito anos para descobrir a doença. O câncer infanto-juvenil é raro quando comparado ao adulto, porém é a doença que mais mata crianças e adolescentes de 1 a 19 anos no Brasil.

O Observatório da Saúde da Criança e do Adolescente da Faculdade de Medicina da UFMG monitorou prontuários dos jovens pacientes do Hospital das Clínicas entre 2004 e 2012. De 488 suspeitas, 364 (74,5%) foram confirmadas. Do total, 42% dos casos eram tumores do sistema nervoso central, que só foram identificados entre quatro e seis meses depois dos sintomas. Para tumores de partes moles (vísceras e epiderme), o tempo foi de sete meses.

“O diagnóstico ainda é tardio, porque o câncer infanto-juvenil é uma doença rara. Não é a primeira hipótese que o pediatra vai levantar e os sinais iniciais da doença são comuns, como febre, dor de cabeça, vômitos, aumento de gânglios”, pondera Karla Emilia de Sá Rodrigues, oncologista pediátrica, professora do Departamento de Pediatria da Faculdade de Medicina da UFMG e autora da pesquisa.

Segundo Karla, o objetivo do estudo é alertar especialmente os serviços médicos sobre o tema. “Apesar de raro, o câncer já mata mais crianças e adolescentes que desnutrição e doenças infectocontagiosas. Só não perde para causas externas, como violência e acidentes. Já avançamos muito no tratamento e chegamos a índices de cura entre 70% e 80% do câncer entre crianças e adolescentes. Mas isso depende do diagnóstico precoce”, comenta.

O Instituto Nacional do Câncer (Inca) contabilizou, em 2011, 1.288 mortes de jovens de 0 a 19 anos por causa da doença. Do total, 147 ocorreram na região Norte, 365 na Nordeste, 490 na Sudeste, 192 na Sul e 94 na Centro-Oeste. A estimativa é de que 11.530 novos casos de câncer em crianças e adolescentes sejam registrados este ano. Eles representam 3% da incidência total da doença na população brasileira.

Para Isis Quezado Magalhães, diretora técnica do Hospital da Criança de Brasília José de Alencar, referência para o tratamento da doença na capital federal, os médicos generalistas precisam estar atentos e encaminhar qualquer suspeita para um centro de referência. Ela lembra que até a identificação das células malignas depende de um treinamento específico dos profissionais. “Nem sempre é fácil perceber a doença”, diz.

domingo, 6 de julho de 2014

CIENTISTAS DESCOBREM UMA NOVA PARTE DO CORPO HUMANO



Em junho, cientistas descobriram uma nova parte do corpo humano, que fica dentro dos olhos.
Depois de séculos de ciência médica, pensei que os doutores já conheciam a anatomia humana por completo. Mas não é o caso: em junho, cientistas descobriram uma nova parte do corpo humano, que fica dentro dos olhos. E agora, segundo o ScienceDaily, temos a descoberta de um novo elemento do corpo chamado de ligamento anterolateral, que aparentemente estava escondido esse tempo todo em nossos joelhos.

De acordo com o ScienceDaily, “a Anatomical Society [do Reino Unido] elogiou a pesquisa por ser muito revigorante, e agradeceu aos pesquisadores para lembrar ao mundo da medicina que, apesar do surgimento de tecnologias avançadas, o conhecimento da anatomia básica do corpo humano ainda não acabou.”

Este ligamento foi postulado pela primeira vez em 1879, por um cirurgião francês, mas só agora ele foi confirmado por dois médicos do University Hospitals Leuven, na Bélgica.

Os cirurgiões ortopédicos Steven Claes e Johan Bellemans foram os primeiros a identificá-lo usando técnicas de dissecação macroscópica. Os médicos dizem que este ligamento pode ser encontrado em 97% de todos os seres humanos.

Não só isso é uma descoberta surpreendente numa época em que pensávamos saber tudo sobre o corpo humano, como, de acordo com os médicos, esse ligamento parece ser crucial em lesões do ligamento cruzado anterior, bastante comuns em quem joga futebol ou basquete. O estudo foi publicado no Journal of Anatomy.