Orientado pelo professor Miguel de
Arruda, Mortatti realizou o estudo com dois grupos na faixa etária entre
11 e 13 anos: um composto por jogadores de futebol que mantinham rotina
intensa de treinamento físico havia dois anos, e o outro de
adolescentes sem nenhum tipo de treinamento. Os jogadores apresentaram
melhor capacidade motora, mas quando este desempenho foi relacionado com
o grau de maturação sexual, apareceram diferenças, embora discretas: os
de menor grau de maturação tiveram também desempenho motor menor,
enquanto aqueles com maior grau de maturação mostraram influência
positiva no desempenho.
Chamou a atenção de Arnaldo Mortatti que mesmo os adolescentes de
mesma idade, mas com graus de maturação sexual diferentes, apresentaram
tendência a alterações de desempenho. “Isso pode significar que
adolescentes em idades semelhantes devem ser treinados de maneiras
diferentes”, esclarece. O professor observa que um garoto pode se
destacar nas atividades físicas porque o grau de maturação maior leva a
um melhor desempenho. “Mais cedo ou mais tarde, os outros tendem a
alcançá-lo”, conclui.
quarta-feira, 26 de março de 2014
Maturação sexual influi no desempenho motor
Submeter o adolescente a treinamentos
físicos intensos na expectativa de que se torne um grande atleta pode
ser um erro, segundo alerta Arnaldo Luis Mortatti, professor de Educação
Física, em pesquisa de mestrado apresentada na Unicamp. Ele afirma que
os programas para treinamento sistematizado, muitas vezes, não
contemplam o grau de maturação sexual do adolescente – quando ocorre o
aumento das taxas de hormônios masculinos, responsáveis pela atividade
enzimática e ganho de força muscular. “Não adianta aumentar a
intensidade de exercícios se a pessoa não estiver preparada para
absorvê-los positivamente. Forçar o exercício pode até causar um
estresse”, explica o professor.
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