twittar

on line

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Rutura do tendão de Aquiles


O tendão de Aquiles é uma parte importante da perna. Está localizado logo atrás e acima do calcanhar. Ele une o osso do calcanhar aos gémeos. A sua função é ajudar na flexão plantar (dobrar o pé para baixo).
As rupturas do tendão de Aquiles podem ser parciais ou totais. Numa ruptura parcial, o tendão sofre uma ruptura, mas ainda mantém a ligação entre o músculo e o osso. Nas rupturas completas, o tendão está completamente separado, deixa de haver conexão entre o músculo e o osso.
Estas rupturas são mais frequentes nos chamados "guerreiros de fim-de-semana" - normalmente, homens entre os 30 e os 50 anos, que praticam desporto nos tempos livres. Menos comummente, algumas doenças ou medicamentos, como corticóides ou certos antibióticos, podem enfraquecer o tendão e contribuir para a sua ruptura.

Sinais e sintomas/ Diagnóstico

  • Dor súbita, que se sente como uma pancada ou uma facada, na parte de trás do tornozelo
  • Sensação de estalo ou ruptura
  • Inchaço na parte de trás da perna entre o calcanhar e os gémeos
  • Dificuldade em caminhar (especialmente no subir escadas e rampas) e dificuldade em levantar-se em pontas dos pés.

Se o tendão está completamente rasgado, você pode sentir um vazio logo acima da parte de trás do calcanhar. No entanto, se se formar hematoma, o inchaço pode disfarçar a diferença. Se suspeitar de uma ruptura total do tendão de Aquiles, o melhor é consultar um médico com urgência, porque o tendão cicatriza tanto melhor quanto mais cedo for suturado.
O diagnóstico geralmente é feito com base nos sintomas, na história da lesão e numa avaliação clínica cuidadosa. Deve observar-se se você consegue ficar na ponta dos pés. O teste de Thompson, ou teste da compressão dos gémeos diagnostica uma ruptura total do tendão. Se não houver certeza no diagnóstico, uma ecografia ou ressonância magnética podem ajudar.

Tratamento

      O tratamento em fisioterapia, imediatamente após a lesão e enquanto o diagnóstico não está confirmado, consiste e controlar os sinais inflamatórios, através de:
  • Descanso: Evite caminhar ou estar muito tempo de pé. Se tiver de o fazer utilize canadianas. Andar a pé pode significar um agravamento da sua lesão.
  • Gelo: Aplique uma compressa de gelo na área lesada, colocando uma toalha fina entre o gelo e a pele. Use o gelo por 20 minutos e depois espere pelo menos 40 minutos antes de aplicar gelo novamente.
  • Compressão: um elástico pode ser usado para controlar o inchaço.
  • Elevação: O pé deve ser elevado um pouco acima do nível do seu coração para reduzir o inchaço.

Posteriormente as opções de tratamento incluem o tratamento conservador (não-cirúrgico), que é geralmente associado a uma maior taxa de reincidência, é seleccionado para rupturas parciais, em pacientes menos activos, ou naqueles com condições médicas que impedem a cirurgia. O tratamento não-cirúrgico envolve a imobilização com tala gessada, bota ou ligadura funcional durante aproximadamente 8 semanas, para permitir a reestruturação do tendão lesado.
O tratamento cirúrgico consiste na sutura dos topos rasgados do tendão, também se podendo usar um enxerto de outro tendão para ajudar a cicatrização. Após a cirurgia segue-se a imobilização com tala gessada, bota ou ligadura funcional durante aproximadamente 8 semanas. A cirurgia pode oferecer importantes benefícios. Além de diminuir a probabilidade de uma recidiva da ruptura, a cirurgia muitas vezes aumenta a resistência do paciente e melhora a função muscular e movimento do tornozelo.
Tanto no tratamento conservador como no cirúrgico, a fisioterapia é um componente importante do processo de tratamento. As técnicas que revelam maior eficácia nesta condição:
  • Exercícios para melhorar a flexibilidade, força e equilíbrio (incluindo exercícios em carga)
  • A aplicação de calor antes dos exercícios para aumentar a irrigação sanguínea e de gelo no final para prevenir sinais inflamatórios.
  • Educação do paciente e plano de retorno gradual à actividade.
  • Massagem de mobilização dos tecidos moles.

Exercícios terapêuticos para a ruptura do tendão de Aquiles

Os seguintes exercícios são geralmente prescritos na reabilitação de uma ruptura do tendão de Aquiles, quando o tendão já se apresente cicatrizado. Deverão ser realizados 2 a 3 vezes por dia e apenas na condição de não causarem ou aumentarem os sintomas.
  

Alongamento dos gémeos
De pé, com as mãos ao nível dos ombros apoiadas na parede. Colocar a perna a alongar esticada e atrás, dobrar à frente o joelho da outra perna, com as costas alinhadas. Mantenha essa posição por 20 segundos. Repita entre 3 a 6 vezes, desde que não desperte nenhum sintoma.







Extensão resistida do pé
Sentado com a perna esticada e o elástico na ponta do pé. Empurre o elástico para a frente, depois deixe o pé regressar lentamente à posição inicial.
Repita entre 8 e 12 vezes, desde que não desperte nenhum sintoma. 
Reforço muscular dos gémeos

Em pé, apoiado numa cadeira, coloque-se em pontas dos pés. Desça lentamente até todo o pé apoiar no chão. Repita este movimentos entre 8 a 12 vezes, desde que não desperte nenhum sintoma.
Antes de iniciar estes exercícios você deve sempre aconselhar-se com o seu fisioterapeuta.

Nenhum comentário: