


INTRODUÇÃO
- Dor aguda no escroto é um achado clínico comum em pacientes pediátricos.
- Emergência clínica --> possibilidade de torção testicular.
- Requer distorção manual ou cirúrgica.
- Se há alta suspeita clínica, a cirurgia é indicada sem exames complementares de imagem.
- Dificuldade em se fazer diagnóstico diferencial.

- 70% dos pacientes com escroto agudo têm condições não cirúrgicas
- Torção testicular pode ocorrer em pacientes de qualquer idade, incluindo neonatos
- Imagens Radiológicas são frequentemente realizadas em pacientes com sintoma agudo para evitar cirurgia desnecessária
- Exame de escolha: USG Doppler testicular
- Alta sensibilidade (78.9-89%)
- Alta especificidade (77-100%)
- Falta de radiação
- Rapidez
- Substituiu a cintilografia na maioria dos casos

OBJETIVOS
- Determinar a freqüência dos achados ultrassonográficos no testículo.
- Determinar se a aparência anormal do epidídimo na escala de cinza
e doppler pode ser útil para auxiliar nos sinais de torção testicular. - Verificar se há alterações na aparência do epidídimo durante as
fases aguda e crônica da torção e depois da distorção espontânea ou manual. - Correlacionar a aparência do epidídimo com os achados patológicos e cirúrgicos.
- Determinar se a aparência do epidídimo na USG pode ajudar na recuperação testicular.
MATERIAIS E MÉTODOS
- N= 50 pcts
- Neonatos - 17 anos
- Diagnóstico de torção testicular de jan 1992-2002,
submetidos ao Doppler de testículo e epidídimo como parte do diagnóstico - O tamanho do epidídimo sintomático e do contra- lateral assintomático foi determinado.
- O tamanho do epidídimo do hemiescroto assintomático serviu de controle
em 41 dos 50 pacientes por estes não possuírem torção testicular bilateral. - Formas epidídimo no hemiescroto sintomático: triangular, redonda ou oval.
- Volume do epidídimo normal : forma piramidal.
- Porções do epidídimo aumentadas: cabeça; cabeça e corpo; corpo e cauda; cauda ou epidídimo inteiro.
- Ecotexturas: isocóico ou hipercóico e homogênio ou heterogênio.
- Vascularização: vascular, avascular, hipovascular e hipervascular.
- O diagnóstico de torção testicular foi estabelecido por cirurgia em 48 dos 50 pacientes.
- Fase Aguda: sintomas < 24h
- Fase Crônica: sintomas >24h
RESULTADOS
- 50 casos: 34% Fase aguda de torção
66% Fase crônica de torção - Aumento do volume em 47 casos
- Porção acometida: 39,1% cabeça
41,3% difuso
13% cabeça+corpo
4,3% corpo+cauda
2,2% cabeça+cauda - Forma: 87% globular
9% bilobular
4% multilobular - Ecotextura: 73% Heterogêneo e Homogêneo
27% Isocóico - Tratamento: 39 s/ TTO cirúrgico
10 Distorção manual
1 Distorção espontânea

- 43 pcts com torção aguda no momento da USG, onde 40 mostravam-se avasculares.
- 30 pcts que apresentaram perda testicular e epidídimo avascular
mostraram alterações do tamanho e do volume com infarto hemorrágico.



Discussão
- USG Doppler é o método mais utilizado para
diferenciar as condições que exigem cirurgia
(torção testicular) das não cirúrgicas nos pcts
pediátricos com dor escrotal aguda. - Em alguns casos, essa diferenciação pode ser
difícil devido ao baixo fluxo no testículo pré-
-púbere e ao fluxo arterial. - O aumento do cordão espermático pode estar
associado à torção testicular - O aumento do epidídimo em conjunto com
alterações da ecotextura e forma foi achado na
maioria dos casos. - O testículo mostrou-se avascular em 95% dos
casos de fases aguda e crônica, depois da
manipulação do testículo ou distorção espontânea. - Observou-se o retorno do fluxo sanguíneo para o
epidídimo após a distorção. - Pode haver a presença de massas extra-
testiculares devido ao aumento epididimal. - A ausência de cor no Doppler no epidídimo
aumentado foi um aspecto de extrema importância
para diferenciação entre torção testicular e epididimite. - Pcts com sintomas agudos solucionados:
considerar possibilidade de distorção
espontânea testicular. - Viabilidade testicular depende do grau e da
duração da torção. - Após a distorção, manual ou espontânea,
freqüentemente o epidídimo é hipervascular.



Epididimite


Conclusão
- A complicação mais significante da torção testicular é a
perda do testículo, podendo levar a infertilidade - Doppler:
- Detecta alterações precocemente; fecha diagnóstico
- Testículo assintomático é usado como controle
- A ausência de fluxo do lado afetado associada a
sua presença no lado contra lateral faz diagnóstico de torção - Torções incompletas ( menor 360˚) o fluxo é detectado,
mas diminuído em relação ao lado assintomático
Comparação entre os dois testículos

Estágio Tardio (> 24h)

- A análise da vascularização pode ser uma informação
adicional que pode auxiliar no diagnóstico de torção em
pacientes pediátricos quando combinado à presença de aumento
testicular evitando erros diagnósticos - Em alguns casos, essa diferenciação pode ser difícil
devido ao baixo fluxo no testículo pré-púbere e ao fluxo arterial
Nenhum comentário:
Postar um comentário