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segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Torção testicular







INTRODUÇÃO


  • Dor aguda no escroto é um achado clínico comum em pacientes pediátricos.
  • Emergência clínica --> possibilidade de torção testicular.
  • Requer distorção manual ou cirúrgica.
  • Se há alta suspeita clínica, a cirurgia é indicada sem exames complementares de imagem.
  • Dificuldade em se fazer diagnóstico diferencial.




  • 70% dos pacientes com escroto agudo têm condições não cirúrgicas
  • Torção testicular pode ocorrer em pacientes de qualquer idade, incluindo neonatos
  • Imagens Radiológicas são frequentemente realizadas em pacientes com sintoma agudo para evitar cirurgia desnecessária
  • Exame de escolha: USG Doppler testicular
    • Alta sensibilidade (78.9-89%)
    • Alta especificidade (77-100%)
    • Falta de radiação
    • Rapidez
    • Substituiu a cintilografia na maioria dos casos




OBJETIVOS

  • Determinar a freqüência dos achados ultrassonográficos no testículo.
  • Determinar se a aparência anormal do epidídimo na escala de cinza
    e doppler pode ser útil para auxiliar nos sinais de torção testicular.
  • Verificar se há alterações na aparência do epidídimo durante as
    fases aguda e crônica da torção e depois da distorção espontânea ou manual.
  • Correlacionar a aparência do epidídimo com os achados patológicos e cirúrgicos.
  • Determinar se a aparência do epidídimo na USG pode ajudar na recuperação testicular.


MATERIAIS E MÉTODOS

  • N= 50 pcts
    • Neonatos - 17 anos
    • Diagnóstico de torção testicular de jan 1992-2002,
      submetidos ao Doppler de testículo e epidídimo como parte do diagnóstico
  • O tamanho do epidídimo sintomático e do contra- lateral assintomático foi determinado.
  • O tamanho do epidídimo do hemiescroto assintomático serviu de controle
    em 41 dos 50 pacientes por estes não possuírem torção testicular bilateral.
  • Formas epidídimo no hemiescroto sintomático: triangular, redonda ou oval.
  • Volume do epidídimo normal : forma piramidal.
  • Porções do epidídimo aumentadas: cabeça; cabeça e corpo; corpo e cauda; cauda ou epidídimo inteiro.
  • Ecotexturas: isocóico ou hipercóico e homogênio ou heterogênio.
  • Vascularização: vascular, avascular, hipovascular e hipervascular.
  • O diagnóstico de torção testicular foi estabelecido por cirurgia em 48 dos 50 pacientes.
  • Fase Aguda: sintomas < 24h
  • Fase Crônica: sintomas >24h


RESULTADOS

  • 50 casos: 34% Fase aguda de torção
    66% Fase crônica de torção
  • Aumento do volume em 47 casos
  • Porção acometida: 39,1% cabeça
    41,3% difuso
    13% cabeça+corpo
    4,3% corpo+cauda
    2,2% cabeça+cauda
  • Forma: 87% globular
    9% bilobular
    4% multilobular
  • Ecotextura: 73% Heterogêneo e Homogêneo
    27% Isocóico
  • Tratamento: 39 s/ TTO cirúrgico
    10 Distorção manual
    1 Distorção espontânea




  • 43 pcts com torção aguda no momento da USG, onde 40 mostravam-se avasculares.
  • 30 pcts que apresentaram perda testicular e epidídimo avascular
    mostraram alterações do tamanho e do volume com infarto hemorrágico.








Discussão

  • USG Doppler é o método mais utilizado para
    diferenciar as condições que exigem cirurgia
    (torção testicular) das não cirúrgicas nos pcts
    pediátricos com dor escrotal aguda.
  • Em alguns casos, essa diferenciação pode ser
    difícil devido ao baixo fluxo no testículo pré-
    -púbere e ao fluxo arterial.
  • O aumento do cordão espermático pode estar
    associado à torção testicular
  • O aumento do epidídimo em conjunto com
    alterações da ecotextura e forma foi achado na
    maioria dos casos.
  • O testículo mostrou-se avascular em 95% dos
    casos de fases aguda e crônica, depois da
    manipulação do testículo ou distorção espontânea.
  • Observou-se o retorno do fluxo sanguíneo para o
    epidídimo após a distorção.
  • Pode haver a presença de massas extra-
    testiculares devido ao aumento epididimal.
  • A ausência de cor no Doppler no epidídimo
    aumentado foi um aspecto de extrema importância
    para diferenciação entre torção testicular e epididimite.
  • Pcts com sintomas agudos solucionados:
    considerar possibilidade de distorção
    espontânea testicular.
  • Viabilidade testicular depende do grau e da
    duração da torção.
  • Após a distorção, manual ou espontânea,
    freqüentemente o epidídimo é hipervascular.








Epididimite





Conclusão

  • A complicação mais significante da torção testicular é a
    perda do testículo, podendo levar a infertilidade
  • Doppler:
    • Detecta alterações precocemente; fecha diagnóstico
    • Testículo assintomático é usado como controle
    • A ausência de fluxo do lado afetado associada a
      sua presença no lado contra lateral faz diagnóstico de torção
    • Torções incompletas ( menor 360˚) o fluxo é detectado,
      mas diminuído em relação ao lado assintomático


Comparação entre os dois testículos



Estágio Tardio (> 24h)



  • A análise da vascularização pode ser uma informação
    adicional que pode auxiliar no diagnóstico de torção em
    pacientes pediátricos quando combinado à presença de aumento
    testicular evitando erros diagnósticos
  • Em alguns casos, essa diferenciação pode ser difícil
    devido ao baixo fluxo no testículo pré-púbere e ao fluxo arterial

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