Alguns fatores ou períodos da vida onde a apoptose esta ativada:
- Desenvolvimento embrionário (embriogênese);
- Mecanismo homeostático para a manutenção das populações celulares;
- Defesa – mecanismos de auto-imunidade;
- Células lesadas por agentes nocivos ou mesmo em distúrbios hemodinâmicos;
- Envelhecimento.
São responsáveis pelos seguintes eventos:
- Embriogênese;
- Indução hormônio dependente (endométrio na menstruação);
- Deleção celular em células proliferativas (epitélios);
- Morte celular em tumores;
- Morte de células imunes ou auto-reativas (timo – seleção positiva);
- Morte celular induzida por células T citotóxicas;
- Atrofia patológica após obstrução ductal (pâncreas, rins);
- Lesões celulares: radiações, quimioterapias, hepatites virais, etc;
- Morte por estímulos nocivos leves.
Eventos morfológicos na Apoptose:
- Retração celular, condensação da cromatina e fragmentação nuclear.
- Bolhas superficiais – fragmentação dos corpúsculos apoptóticos.
- Fagocitose dos corpúsculos apoptóticos por células sadias como macrófagos, por exemplo.
- Membrana plasmática intacta.
- Ausência de reações inflamatórias e prejuízo a tecidos vizinhos.
Características bioquímicas da apoptose:
a) Clivagem protéica – ativação de cisteína-proteases = Caspases;
b) Entrecruzamento de proteínas – ativação de transglutaminases;
c) Quebra do DNA – ativação de endonucleases cálcio-magnésio dependentes;
d) Reconhecimento fagocítico através da expressão de receptores na superfície dos corpúsculos apoptóticos – expressões de fosfatidilserina e trombospondina.

1. | Vias sinalizadoras: estímulos apoptóticos constituindo-se em sinais intracelulares como hormônios, fatores de crescimento e citocinas participam intensamente da inibição da apoptose enquanto que o TNF (receptor RTNF1 ativado), agentes físico-químicos lesivos, glicocorticóides atuando em receptores nucleares, radiações, hipóxia-anóxia, vírus estimulam o mecanismo apoptótico. |
2. | Controle e Integração: a transmissão direta de sinais se dá através de proteínas adaptadoras como a FAS (FAS-FAS). Outra proteína reguladora encontra-se na mitocôndria (membrana) denominando-se Bcl-2, são proteínas reguladoras da função e atividade mitocondrial: induzem TPM e liberação do citocromo C quando estimulados pelos genes Bax e Bad (pró-apoptóticos) enquanto que o gene Bcl-XL inibe a atividade apoptótica via Bcl-2. Outro fator importante a ser considerado é o fator ativador de proteases pró-apoptóticas (Apaf-1) – este fator liga-se ao citocromo C ativando uma série de reações químicas e também proteínas pró-apoptóticas como Caspases, ativam também a proteólise. A ligação do Bcl-2 protege a célula seqüestrando Apaf-1 – há interação entre o Bcl-2/Apaf-1 bloqueando a ativação das caspases (diminuição da atividade catalítica). |
3. | Fase de Execução: esta é a fase onde consideramos a via final da apoptose – a cascata proteolítica esta ativada sendo as proteases desta cascata constituída por caspases. As caspases, por sua vez, são cisteína-proteases que clivam resíduos de ácido aspártico. Em geral consideramos a atividade de duas principais caspases: Caspase 9 sendo ativadas com o envolvimento do citocromo C e Apaf-1 e Caspase 8 ativadas pela ligação da FAS-RFAS. Não devemos esquecer que na verdade há uma grande família de caspases mas para efeito didático só considerei duas delas. |
- Bax e Bad – são estímulos pró-apoptóticos induzindo a liberação de citocromo C e TPM via ativação da proteína reguladora Bcl-2.
- Bcl-XL – trata-se de um estímulo negativo à proteína Bcl-2 realizando o seqüestro do Apaf-1 dificultando a ação apoptótica.


Observamos alterações peculiares das organelas ou citoesqueleto.
1. | Catabolismo lisossômico: lisossomo primário realiza fagocitose originando os lisossomos secundários (fagolisossomos). Heterofagia (neutrófilos e macrófagos) deve ser considerada como mecanismos de endocitose como pinocitose e fagocitose. Autofagia formando vacúolos autofágicos (seqüestro de organelas do citossol) formando os autofagolisossomos. Este mecanismo é útil na remoção de organelas danificadas. |
2. | Indução (hipertrofia) do Retículo Endoplasmático Liso: por exemplo no uso continuado de barbitúricos – observamos uma tolerância (adaptação) resultante de uma hipertrofia do retículo endoplasmático liso dos hepatócitos – há necessidade de maior produção de enzimas para degradação da droga. |
3. | Alterações Mitocondriais: observadas em deficiências nutricionais; hipertrofia e atrofia celular e uso contínuo de álcool. |
4. | Anormalidades Citoesqueléticas: acometem microtúbulos (bronquiectasia e infertilidade) e filamentos (neurofilamentos – Doença de Alzheimer). |

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