A síndrome de Proteus, também denominada síndrome de
Wiedemann, é uma rara desordem, caracterizada pelo crescimento
exacerbado da pele e outras estruturas, muitas vezes associada a tumores
subcutâneos, levando ao gigantismo de várias partes do corpo.
Até o momento foram descritos aproximadamente 200 casos em todo o
mundo, não havendo, portanto, muito estudo sobre esta moléstia.
Esta síndrome foi descrita pela primeira vez no ano de 1976, pelos
médicos Samia Temtamy e John Rogers. A desordem recebe o nome de
síndrome de Proteus, em referência ao deus grego do mar, Proteus, que
era capaz de mudar sua forma.
A causa desta desordem foi estabelecida somente em um estudo
realizado em 2011. Pesquisadores identificaram uma mutação no gene AKT1
quinase em 26 dos 29 pacientes que participaram do estudo.
Clinicamente, esta desordem é caracterizada pelo crescimento
excessivo de pele, ossos, músculos, tecido adiposo e vasos sanguíneos e
linfáticos. Indivíduos com esta síndrome costumam nascer com
deformidades evidentes. A gravidade e a localização variam muito.
Contudo, comumente afeta a face e um ou mais membros. Em decorrência do
acometimento de vasos sanguíneos, existe o risco de morte prematura por
trombose e embolia pulmonar. Artrite e aumento dos membros também podem
estar presentes nos portadores desta síndrome, uma vez que os membros
podem estar exageradamente aumentados.
Indivíduos com a síndrome de Proteus apresentam maior proporção de
déficit de inteligência quando em comparação com o resto da população.
Também se observa déficit cognitivo e social, que possivelmente é uma
consequência da presença de deformidades visíveis.
O diagnóstico é essencialmente clínico.
Não existe um tratamento definitivo e inclui a realização de
cirurgias, visando remover o excesso de pele, tumores e até mesmo
membros deformados. Além disso, é de extrema importância um apoio
psicológico.
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