Algorítmo do Atendimento Inicial
Ricardo Rydygier
Hospital Universitário Evangélico de Curitiba
Faculdade Evangélica do Paraná
Fisiopatologia
- Dor visceral
- Dor somática
Localização
Intensidade
Irradiação
Duração
Alivio/piora
Sintomas associados
Abdome agudo não traumático
- Abdome agudo infeccioso
- Abdome agudo oclusivo
- Abdome agudo hemorrágico
História & Exame Físico
“A história e o exame físico são e provavelmente continuarão sendo as chaves de maior importância na avaliação da dor abdominal aguda”
“O diagnóstico pode ser apurado pela avaliação da história e do exame físico em cerca de ¾ dos pacientes com dor abdominal aguda”
“As manobras diagnósticas assim como terapêuticas devem pousar nas mãos do médico responsável pelo acompanhamento a longo prazo do paciente”
Armadilhas
- Examinar demais
- Avaliação clínica por vários médicos
- Sedação


Exames
- Radiologia
Será que são sempre necessários?
- Raio X simples do abdome
- Deitado
- Em pé ou lateral
- Cúpulas frênicas
- Raio X contrastados
- Trânsito intestinal (sub-oclusão)
- Enema baritado (oclusão alta vs. Baixa ?)

Abdome agudo oclusivo

Oclusão Alta

Oclusão Baixa
- Ultrassom
- Rápido
- Barato
- Seguro
- Disponível
- Examinador dependente
- Patologias pélvicas
- Apendicite
- Colecistite
- Doenças inflamatórias ?
US influencia o tratamento em apenas 11% dos casos de Dor Abdominal Aguda

- Tomografia Computadorizada
- Demorada ?
- Cara
- Necessita de um radiologista
- Uso de contraste iodado EV
- Indicada seletivamente após avaliação clínica criteriosa
- Diverticulite
- Diagnóstica em 93%
- Terapêutica (drenagem percutânea)
- Obstrução intestinal/isquemia ?
- Pancreatite (controle da evolução)
O fato da tomografia discernir entre várias patologias intra-abdominais
não significa que deva ser usada em todos os pacientes.

- Endoscopia
- Endoscopia alta ?
- Colonoscopia ou sigmoidoscopia
- Volvo
- Intussuscepção
- Obstrução mecânica
- Atonia colônica
- Laparoscopia (diagnóstica/terapêutica)
- Raramente necessária
- Útil na mulher pré-menopausica no diagnóstico diferencial entre patologia anexial ou apendicite
Trauma Abdominal
- A – Vias Aéreas
- B – Respiração / Ventilação
- C – Circulação / Controle da Hemorragia



Paciente Instável Lavado Peritoneal Diagnóstico
- Barato
- Rápido
- Durante a avaliação inicial
- Francamente positivo
- Sangue no aspirado (mais que 10 ml)
- Caso seja fracamente positivo ou negativo – Considerar outra fonte
- Infraumbelical /Supraumbelical

- Fratura de pelve ao RX
- Sacro e elementos posteriores
- Grandes perdas de sangue com lavado fracamente positivo
- Exames com falso positivo
Paciente Instável Ultrassom – FAST
Focused Abdominal Scan in Trauma
- Barato
- Na sala de emergência
- Presença ou não de sangue (líquido)
- Não identifica o órgão lesado nem o grau da lesão
- Avalia saco pericárdico e pleuras

Paciente Estável Lavado Peritoneal Diagnóstico...
- Sensório alterado (TCE, Álcool, TRM)
- Politraumatismos
- Reduz a incidência de lesões abdominais despercebidas
- Sensibilidade elevada = laparotomias desnecessárias
- Única contraindicação absoluta é uma indicação para laparotomia
- Contraindicação relativa –
- Cirurgias prévias
- Obesidade
- Gravidez
Paciente Estável LPD X US
- No paciente estável a tendência é usar o US
- O US deixa passar lesões de vísceras ocas (problema mais comum em pacientes inconscientes)
- Pacientes estáveis e conscientes: “O US é o único exame necessário”
Paciente Estável TAC
- Fornece mais detalhes das lesões
- Pacientes agitados
- Sedar / Entubar
- Suspender
- Uso de Contraste
- Acurácea – 91(inicial) - 97%(revisão)
Paciente Estável US do Abdome Total
- Se a TAC helicoidal é disponível este exame tem poucas indicações
- Uma das indicações é a avaliação abdominal de gestantes traumatizadas
Paciente Estável Laparoscopia
- Permite a identificação de lesões diafragmáticas
- Pode deixar passar despercebidas lesões de vísceras ocas e retro-peritoneais
- Pior para identificar o grau das lesões que a TAC
Paciente Estável Outros Exames
- Angiografia
- Embolização de lesões da pelve
- Identifica lesões de pedículo renal
- Ressonância Magnética
- Inexeqüível em politrauma durante o atendimento inicial

Qualquer lesão do mamilo ao glúteo tem potencial para provocar lesão intra ou retroperitoneal
TRAUMA PENETRANTE(Ferimento por Arma Branca)
- Lesões penetrantes do Tronco
- Irritação peritoneal = laparotomia
- FAB – Exploração local reduz em 30% as laparotomias não terapeuticas
- Na dúvida - Cirurgia

FERIMENTO POR ARMA BRANCA
- Exploração e observação
- Reduz as laparotomias não terapeuticas de 50 para 10%
- Reduz as complicações de 14 para 8%
- Diminui a permanência hospitalar
- Pacientes obesos e musculosos tornam a exploração difícil e duvidosa
Exploração e observação

Transição Toraco Abdominal
- Ferimentos torácicos penetram o abdome
- Lesões diafragmáticas passam despercebidas


FERIMENTO POR ARMA DE FOGO SEM MANIFESTAÇÃO CLÍNICA
Observação freqüente 4/4 hs
- Em 146 pacientes com FAF
- 28% (41) foram observados
- 17% (7) operados
- Lesões de colon(3),delgado(3) e fígado(1)
FERIMENTO POR ARMA DE FOGO
- LPD
- Em 168 pacientes com FAF
- 65% (109) estáveis = LPD
- 24% (15) falso negativo
- O LPD em FAF não é seguro
- LAPAROSCOPIA
- Lesões intestinais podem passar despercebidas
- Pode reduzir a indicação de laparotomias não tera- peuticas
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