O tecido conjuntivo tem origem mesenquimal.
Quanto às fibras podemos classificá-las da seguinte forma:
a) fibras colágenas:
- encontrada em ossos, pele, tendões, cartilagens e lâmina basal;
- possuem 2 aminoácidos característicos: hidroxiprolina e hidroxilisina;
- são rígidas e inextensíveis;
- formam feixes de fibras;
- assumem coloração rósea.
b) fibras reticulares:
- formada por colégenos do tipo III;
- formam uma rede extensa apoiando células;
- transparentes;
- estruturas muito frágeis.
c) fibras elasticas:
- formada por uma glicoproteína: elastina;
- assume cor amarelada;
- possue enorme elasticidade;
- presente em artérias, veias, ligamento amarelo da coluna vertebral.
Quanto a substância fundamental amorfa notamos:
- é um gel incolor hidratado;
- preenche o espaço entre células e fibras;
- age como barreira contra a entrada de microorganismos;
- possuem quimicamente: proteoglicanas (PG) e glicosaminoglicanas (GAG). O aspecto de uma PG é semelhante a uma escova de cabelo onde o cabo seria um fio protéico e as espículas seriam as GAG;
- GAG tem propriedade de atração de água, é hidrofílica;
Obs. Defeitos nas GAG causam doenças chamadas mucopolissacaridoses.
Obs’. A difusão de nutrientes do tecido conjuntivo para o tecido epitelial dá-se devido a presença das GAG.
A tabela abaixo demostra alguns tipos de colágenos com suas funções:

1) Fibroblasto e Fibrócito: São células cuja função é sintetizar matriz extracelular. Do latim BLASTO = muito trabalho e FIBRO = produção de fibras e substância fundamental amorfa. Quando estas células estão muito ativas são chamadas fibroblastos, quando está com pouca atividade produtiva diz-se fibrócito.
Característica ao microscópio óptico: quando há intensa atividade (fibroblasto), o núcleo é claro (possui muito RER); já em baixa atividade (fibrócito), o núcleo apresenta-se de forma escura diz-se picnótico (pouco RER). É ainda importante perceber que é uma mesma célula em estágios diferentes e reversíveis.

Quanto a sua origem temos que dizer que vêm de uma célula sangüínea chamada monócito.
3) Mastócitos: célula de aspecto globoso, grande, núcleo esférico e central acompanhando o formato da célula (normalmente ovóide). Possuem numerosas vesículas, chamadas farmacos, contendo histamina e heparina (cuja funçao é a responsabilidade pelo processo alérgico e posterior choque anafilático hipovolêmico, em casos extremos). Sua superfície contém receptores específicos para a imunoglobulina do tipo E (IgE).

Obs. Choque anafilático hipovolêmico: quanto a classificação, hipovolêmico devido à diminuição do volume capilar. Quanto ao choque: na primeira dose de uma substância desconhecida para o organismo, forma-se IgE que “prende-se” à membrana do mastócito. Numa segunda dose desse mesmo medicamento há uma reação da droga aplicada com IgE (anticorpos formados), deixando o mastócito hipersensível rompendo sua membrana celular liberando então histamina na corrente sangüínea. Esta histamina na corrente sangüínea causa contrações musculares acentuadas (bronquíolos), vasodilatação com posterior queda de pressão arterial e menor oxigenação, ocorre ainda redução do volume dos capilares sangüíneos com taquicardia e morte. A medicação indicada nestes casos é a administração de adrenalina IV e soro fisiológico (p/ aumentar o volume).
4) Plasmócitos: origina-se do linfócito B, logo assume função de produzir anticorpos.
- estão presentes nas inflamações crônicas;
- possuem muito retículo endoplasmático rugoso e complexo de golgi;
- núcleo esférico com cromatina em grumos (semelhante a “roda de carroça”).
Obs. Edema: O edema é causado pelo acúmulo de líquido no meio extracelular.
A pressão hidrostática exercida pela pressão arterial equilibra-se com a pressão osmótica exercida para dificultar a entrada de água em abundância no sentido celular causando sua lise. Normalmente a pressão hidrostática é maior que a osmótica, quando essa diferença acentua-se a favor da hidrostática há grande acúmulo de líquidos no meio extracelular, com drenagem dificultada, nessas condições teremos um edema. A drenagem pode ser dificultada por vários fatores dentre eles obstruções de vasos linfáticos ou células cancerígenas.

- células do tecido conjuntivo possuem capacidade de multiplicação para reparo do tecido destruído por lesões traumáticas ou por inflamações.
- Diversos hormônios influem no controle do tecido conjuntivo. Um exemplo é o cortisol (hidrocortisona) que inibe a formação de fibras conjuntivas. O ACTH (hormônio adrenocorticotrófico), possui o mesmo efeito inibitório.
Nenhum comentário:
Postar um comentário