Controle da Insuficiência Cardíaca Sistólica!
IECA, Espironolactona, Digitálicos, b-bloq (carvedilol e metoprolol).
Beta-bloq: fazem up-regulation dos receptores beta 1 cardíacos.
Abordagem às arritmias.
Amiodarona é o único antiarrítmico indicado!
Cirurgia.
Transplante Cardíaco.
Cardiomiopatia Hipertrófica
Introdução
- Aumento da massa devido ao aumento de células miocárdicas.
- Tanto os átrios quanto os ventrículos podem estar aumentados.
- Há 2 tipos:
- Excêntrica:
- Aumento da cavidade ventricular associado a maior espessura do miocárdio.
- Consequente a SOBRECARGAS VOLUMÉTRICAS crônicas.
- Regurgitações valvares, comunicações intracardíacas, atletas (aeróbicos).
- Concêntrica:
- Redução da cavidade ventricular associado a maior espessura do miocárdio.
- Consequente a SOBRECARGAS PRESSÓRICAS.
- Estenose aórtica, tricúspide, HAS, Hipertensão Pulmonar, atletas (anaeróbicos).
Introdução
- Cardiomiopatia hipertrófica é uma doença primária do miocárdio
caracterizada por uma "inexplicada" hipertrofia ventricular concêntrica,
geralmente acometendo o VE, associada a função sistólica hiperdinâmica!
Patologia e Classificação
- Local mais acometido: VE.
- Pode acometer átrios D e E.
- Classificação:
- Hipertrofia Simétrica.
- Hipertrofia Septal Assimétrica.
- Podem apresentar (30%): Cardiomiopatia Hipertrófica Obstrutiva (estenose subaórtica) = obstrução à ejeção sistólica.
- Hipertrofia Apical Assimétrica (forma de Yamagushi).
Clínica
- Assintomáticos (maioria dos casos): achado em "check-up", ictus propulsivo, B4 ou sopro sistólico.
- Sintomáticos:
- Dispnéia de esforço (congestão pulmonar).
- Angina pectoris (isquemia miocárdica).
- Síncope e Pré-Síncope (baixo débito).
- Fadiga muscular (baixo débito).
- Exame Físico:
- Ictus propulsivo de VE, localizado e sustentado.
- Presença de B4.
- Desdobramento paradoxal de B2.
- Sopro sistólico (focos: mitral, tricúspide e aórtico acessório).
Diagnóstico Diferencial
- HAS.
- Estenose Aórtica.
- Coração do Atleta.
Exames Complementares
- ECG:
- Aumento da amplitude de R nas precordiais esquerdas, aumento de S
nas precordiais direitas, padrão Strain nas precordiais esquerdas, D1 e
aVL.
- Q patológicas (40%) devido à hipertrofia septal.
- Bloqueio de ramo E, hemibloqueio esquerdo ântero-superior, extrassístoles ventriculares ou supraventriculares, FA.
- Raio X Tórax:
- ECO:
- HVE concêntrica, diâmetros de VE reduzidos, VE hipercontrátil, diâmetro de AE aumentado.
- Obstrução subaórtica sistólica.
Prognóstico
- Principal complicação: morte súbita!
- Mais comum em jovens.
- História familiar de HVE.
- TV sustentada prévia.
- Síncope em < 30 anos.
- Taquiarritmias ventriculares.
- FV.
- Podem evoluir para miocardiopatia dilatada (> 65 anos).
Tratamento
- Controle dos sintomas e prevenção à morte súbita.
- Beta-bloqueadores e verapamil.
- Beta-bloqueadores:
- Reduzem os sintomas em 2/3 dos casos.
- Verapamil:
- Inotrópico negativo e bradicardizante.
- Melhora o relaxamento ventricular.
- Boa opção aos beta-bloqueadores.
- Arritmias:
- Marca-passo DDD:
- Indicado em pacientes com miocardiopatia hipertrófica concêntrica obstrutiva que não respondem às medicações.
- Cirurgia:
- Ressecção de uma "fatia" do ventrículo: ventriculomiectomia.
- Embolização alcoólica do septo: solução alcoólica em ramo septal da DA.
Cardiomiopatia Restritiva
Introdução
- Definição: doença primária do miocárdio, levando à redução da
complacência e disfunção DIASTÓLICA, sem comprometimento importante da
função sistólica!!
- Ventrículos normais, diminuídos ou discretamente aumentados.
- Átrios estão aumentados.
- Tipo mais raro de miocardiopatia (nas ICCs <1%).
Etimologia
- Idiopática.
- Doenças Infiltrativas:
- Amiloidose (infiltrado de proteína amilóide – vermelho do congo)
- Hemocromatose (depósito de siderina nos miócitos)
- Sarcoidose (infiltrado granulomatoso não caseoso)
- Glicogenoses (depósito de glicogênio nos miócitos)
- Metástases (carcinomas ou linfomas)
- Doenças Fibróticas:
- Cardiomiopatia actínica (Radioterapia)
- Síndrome carcinóide
- Rejeição a transplantes cardíacos
- Cardiomiopatia restritiva idiopática
Clínica
- Grau de comprometimento determina os sintomas.
- Assintomáticas.
- Sintomáticas:
- Síndromes de Baixo Débito.
- Síndrome Congestiva.
- Dispnéia aos esforços.
- Ortopnéia e Dispnéia Paroxística Noturna.
- Edema de MMIIs e Volume Abdominal (ascite).
- Fadiga muscular, tonturas, astenia.
- Turgência jugular, derrame pleural à D, hepatomegalia, estertores.
- B3 e B4 são comuns.
Complicações
- Bloqueios sinusais, AV, de ramos.
- Taquiarritmias atriais e ventriculares.
- Trombo mural, AVEi, infarto mesentérico, TEP.
- Endocardite bacteriana.
Exames Complementares
- ECG:
- Baixa voltagem do QRS e distúrbio de condução.
- Raio X de Tórax:
- Aumento isolado do AD.
- Congestão veno-capilar pulmonar.
- Linhas B de Kerley.
- ECO: exame de escolha!
- Espessamento VE e ou VD.
- Disfunção diastólica com preservação da sistólica.
- Átrios aumentados com ventrículos normais são MUITO sugestivos.
- Aneurisma ventricular: sugere sarcoidose.
- TC e RM:
- Útil nos diagnósticos diferenciais.
- CATE.
- Biópsia Endocárdica.
Tratamento
- Redução da pré-carga: diuréticos e nitratos.
- IECA e digitálicos não possuem benefícios.
- FA: cardioversão e anticoagulação.
- Amiloidose associada ao mieloma múltiplo: corticosteróides.
- Sarcoidose: corticosteróides.
- Hemocromatose: desferoxamina.
- Cirurgia: ressecção do miocárdio fibrótico.
- Transplante cardíaco.
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