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segunda-feira, 19 de novembro de 2012

ANATOMIA POR IMAGEM

Discussão sobre a formação da imagem e interpretação de algumas estruturas cerebrais. Tomografia Computadorizada (TC) e Ressonância Nuclear Magnética (RNM)
Imagenologia – Raio X
Princípios do Raio X - Ampola
 O anodo deve ser giratório para que a placa de tungstênio seja atingida em locais diferentes, aumentando assim, sua durabilidade.
 A haste de cobre vai liberar o calor contido dentro do tubo de raio X conduzindo-o por condução térmica. Na saída desta haste de cobre haverá um sistema de refrigeração (ar, água ou óleo).
 O vácuo dentro do tubo é para evitar a interferência na função dos elétrons.
 Deve haver um transformador (gerador) para a transformação da eletricidade de V para KV.
    - Voltagem necessária:
         < 70KV = pouco raio X.
         100-170KV = 30-40% raio X (ideal).
         > 300KV = pouca radiação (característica) – não ideal.
 Filtros para evitar raio X indesejado:
    - Inerente (vidro do tudo)
    - Grades: placa colocada embaixo do paciente
 Grandezas ajustáveis no Raio-X:
    - 1. KV (voltagem)
    - 2. mA (corrente)
    - 3. T (segundos)
Grades (filtros):
- No disparo do raio X haverá vibração das grades de alumínio deixando passar só as radiações mais importantes.
Quanto mais radiação (raio X) maior a transformação dos sais de prata em
Haletos de Prata. Na revelação retira-se os haletos de prata.
Sais de Prata    +    Raio X    =    Haletos de Prata
Precauções:
        - 1° trimestre de gravidez: RX = Má formações.
        - 2° e 3° trimestre de gravidez: RX = Leucemias
 Efeitos da Radiação:
    - Necrose cutânea (observada da radioterapia)
    - Mutações do DNA: Irreversíveis quando quebras 2 pontos; quebra 1 ponto em cada hélice.
Observação:
    - Sala do raio X é toda revestida por barita de chumbo.
    - Radiações ideais para terapêutica: Y e ß
Processadora:
 Proteção Radiológica:
    - Órgãos de Maior Sensibilidade:
         Cristalino
         Gônadas
         Glândulas
         Tireóide
         Glândulas Salivares
         Pâncreas
         Medula Óssea
    - Sensibilidade Intermediária:
         Trato Gastrointestinal
    - Pouca Sensibilidade:
         Músculos
         Subcutâneo
         Pele
         Nervos
Imagenologia - TC
 Objetiva realização de cortes cranioencefálicos para uma melhor exposição das estruturas parenquimatosas e ósseas.
 Diagnostica doenças antes não observadas simplesmente com raio X convencional.
 Componentes do TC:
    - Tubo de raio X e geradores
    - Detectores eletrônicos
    - Cabos
    - Computadores e console
    - Mesa de exames
 Matriz de captação da imagem:
    - 1024x1024
    - Cada ponto de captação chama-se PIXEL (2D)
    - Cada ponto de captação chama-se VOXEL (3D)
 A reprodução da imagem pode ser feita – termossensível e não fotossensível como no raio X convencional.
 Processadora utilizada denomina-se Câmara a Laser.
 Tomodensitometria (densidade – taxa média):
    - AR = - 1000UH
    - Gordura = - 100UH
       HIPODENSO
    - Água = 0UH
    - Tecidos Moles = + 70UH
       ISODENSO
    - Sangue Coagulado = + 100UH
    - Osso = + 1000UH
       HIPERDENSO
 
Exames envolvendo radiações ionizantes: raio X; Cintilografia;
TC; Mamografia e Angiografia
Imagem por Tomografia
Computadorizada (TC) do crânio:
Em branco observamos a cortical
óssea enquanto que em cinza o
tecido cerebral e em negro
consideramos o ar e o líquor.

Imagenologia – Meios de Contraste
O contraste não permite a passagem do raio X, logo, não sensibiliza o ECRAN nem mesmo os detectores da TC. São ditos contrastes radiopacos.
 Tipos de contrastes:
    - Baritado: sulfato de bário (20%); administrado via oral (esôfago; estômago e duodeno) ou por via retal (enema opaco).
    - Iodado: o iodo funciona como o bário, não deixando passar radiação.
         Via intravenosa – eliminação renal – usado na urografia excretora
         Via uretral – eliminação micção – usado na uretrocistografia miccional
         Via ducto lacrimal – eliminação pela lágrima – usado na dacriocistografia
         Via ducto salivar – eliminação pela saliva – usado na sialografia
         Via intratecal – eliminação renal – usado na mielografia
         Via trajeto fistular – eliminação pela fístula – usado na fistulografia
 Tipos de contrastes iodados:
    - Iônicos: possuem radicais livres (grande risco de reação alérgica). Possuem alta osmolaridade – Diatrizoato de sódio (associa-se Meglumina para tornar-se de média osmolaridade) e baixa osmolaridade – ioxitalomato de sódio.
    - Não Iônicos: não possuem radicais livres. Usados em pacientes com história de hipersensibilidade. Muito mais caro.
 Reações Alérgicas:
    - Leves: náuseas, vômitos (utilizar Plasil®); urticárias (utilizar corticóides) e Rash cutâneo.
    - Moderada: choque hipotensor e broncoespasmo.
    - Grave: choque anafilático constituido por edema de glote, parada cardiorespiratória e óbito.
Imagenologia – RNM = MRI
 Utilização de radiações eletromagnéticas;
 Não utiliza raios X (radiações ionizantes);
 Altera a estrutura nuclear do átomo – prótons – enquanto que a TC altera os elétrons das camadas eletrônicas.
 Equipamento:
    - Ressonância é a troca de energia entre dois sistemas
    - Analogia com as antenas de AM-FM – ondas de radiofreqüencia.
    - Magnetos: são imãs podendo ser de Baixo Campo: 0,2-0,5T (Tesla = 1000 Gaus); Médio Campo: 0,5-1,0T e Alto Campo: > 1,0T.
    - Bobinas: (emissoras e receptoras de radiofreqüência)
    - Conjunto de computadores
    - Sistema de radiofreqüencia
Imagenologia – RNM
 Magnetos: revestido por uma cápsula com gás hélio – refrigeração.
 Blindagem de eletromagnetismo e radiofreqüencia na sala de exame: Gaiola de Faraday.
 Bobina de Superfície: melhora o sinal, a imagem capturada. A bobina envolve o órgão-alvo.
 Vantagens:
    - Não utiliza raio-X
    - Não necessita de contraste iodado
    - Fornece detalhes anatômicos
    - Cortes: coronais, axiais e sagitais
    - Angiografia sem contraste intravenoso
Escala de cinzas nos exames por imagem:
 Mecanismos envolvidos na formação da imagem da RNM:  - Núcleo de hidrogênio: 1 próton + 1 neutron
    - Por que o hidrogênio?
         1. Água compõem o organismo humano em 65-70%
         2. Sofre influência do campo magnético
         3. Sofre estímulos de radiofreqüencia
         4. Propriedades de imã
         5. Maior razão giromagnética em relação aos outros átomos
    - No repouso o campo magnético esta ausente, o átomo de hidrogênio gira livremente de forma desordenada.
    - Quanto é imposto um campo magnético os átomos de hidrogênio se harmonizam girando num mesmo sentido
    - A radiofreqüência cria uma energia potencial elevada – no corte da radiofreqüência a energia potencial é liberada e captada pelas bobinas de     - radiofreqüência havendo formação da imagem.
    - TR: Tempo de Relaxamento – tempo gasto desde o corte da radiofreqüência até o relaxamento dos átomos de hidrogênio.
    - TE: Tempo de Echo – energia emitida pelo próton de hidrogênio até seu repouso (ajustável no computador).
    - Através dos ajustes de TE e TR formamos as imagens ponderadas em T1 (TE e TR baixo) e T2 (TE e TR longos).
ÁGUA: possui um TR muito longo
     Num TE curto: a imagem é ponderada em T1 com característica de Hipointensidade ou Hiposinal.
    * Num TE longo: a imagem é ponderada em T2 com característica de Hiperintensidade ou Hipersinal.
GORDURA: possui um TR muito curto
        - Num TE curto: a gordura terá Hiperintensidade com imagem ponderada em T1
        - Num TE longo: a gordura terá Hipointensidade com imagem ponderada em T2
 Sinal Forte: BRANCO – Hiperintensidade/Hipersinal
 Sinal Intermediário: cor do PARÊNQUIMA – Isosinal
 Sinal Fraco: PRETO – Hipointensidade/Hiposinal
 Ausência de T1 e T2 (Estruturas Pobres em Hidrogênio):
    - Cortical Óssea
    - Tendões e Ligamentos
    - Calcificações
    - Ar
    - Meniscos
 Seqüências da RNM:
 Exemplos dos valores de imagens ponderadas:
    - T1W:
         TR = 466
         TE = 16
    - T2W:
         TR = 4950
         TE = 93,4
    - FLAIR:
         TR = 11002
         TE = 104
    - T2 FLAIR:
         TR = 10000
         TE = 130
    - T1 FLAIR:
         TR = 2158
         TE = 11,5
    - Gradiente ECHO:
         TR = 717
         TE = 25
    - DIFUSÃO:
         TR = 10000
         TE = 105
 FOV (Field of View): campo de visão. Quanto menor o FOV maior a precisão da imagem.
 Contraste Paramagnético:
    - Utiliza-se Gadolínio ligado a quelante – Gd-GPTA.
    - Administrado por via intravenosa.
    - Age sobre o tempo de T1 aumentando o sinal (hipersinal).
    - Concentra-se em tecidos vascularizados.
    - Eliminado por via renal.
    - Não ocorre fenômenos alérgicos.
 Contrastes Paramagnéticos:
    - Contra-indicações Absolutas:
         Clip cirúrgico de aneurismas cerebrais
         Corpo estranho metálico intra-ocular
         Marca-passo cardíaco
         Próteses ferromagnéticos cocleares ou ossiculares
    - Contra-indicações Relativas:
         Claustrofobia e Síndrome do Pânico
         Gravidez inferior a 12 semanas
         Paciente com monitoração em UTI
         Válvulas cardíacas antigas
    - Artefatos:
         Paciente não colabora
         Tórax: movimentação – respiração e batimento cardíaco
         Abdômen: peristaltismo intestinal
         Metálico: próteses e incrustações dentárias
Imagenologia – Comportamento do Sangue nas Doenças Cerebrais

FASES TEMPO Hb T1W T2W
Hiperaguda < 12h Oxi-Hb Isosinal Isosinal
Aguda 12-72h Desoxi-Hb Isosinal Hiposinal
Subaguda 3d-1sem. Meta-Hb Hipersinal Hiposinal
Crônica
(Precoce)
1sem-Meses Meta-Hb Hipersinal Hiposinal
Crônica
(Tardia/
Seqüelar)
> 1 ano Hemossiderina
Ferritina
Hiposinal Hiposinal

RNM Imagens
Ponderadas em T1W
Corte Axial


Imagens ponderadas em
T1W Contrastadas

Imagens ponderadas
em T1W – Cortes
Coronais

Imagens ponderadas em
T1W – Corte Sagital


Imagens
Ponderadas
em T1 –
Cortes Sagitais
Contrastados

Imagens ponderadas
em T2W – Cortes
Axiais

Imagens de RNM
ponderadas em FLAIR
(atenuação do sinal
do líquido – realce
protéico)

Imagens ponderadas em T2W
Corte Coronal

Imagens de ressonância
nuclear magnética obtidas
por técnicas de DIFUSÃO
Corte Axial.
Imagenologia – Imagem da Vida

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