O mal de Alzheimer é uma doença degenerativa progressiva do cérebro que acomete os idosos geralmente após os 60 anos. O Alzheimer é a forma de demência
mais comum entre os idosos e se caracteriza pela perda gradual e
irreversível das capacidades intelectuais como memória, aprendizado,
orientação, comunicação, raciocínio lógico e abstrato e da capacidade de
realizar tarefas cotidianas podendo haver inclusive mudança de
personalidade e diminuição da capacidade de julgamento.
Os cientistas ainda não sabem dizer exatamente qual é a causa da
doença, mas sabe-se que a idade é o maior fator de risco neste caso.
Quanto mais velhos ficamos maior é a chance de desenvolvermos a doença.
Alguns sites e outras mídias veicularam a notícia de que a presença de metais no cérebro, como o alumínio ou o chumbo,
seriam a causa da doença. Entretanto, nenhum estudo a respeito foi
confirmado e ainda não existe um consenso sobre a real causa do mal de
Alzheimer.
Existem dois tipos de Alzheimer. O mais comum é o que acomete as
pessoas a partir dos 60 anos (do tipo “esporádico”) e o outro tipo, mais
raro, é o que surge antes dos 60 anos em adultos jovens (do tipo
“familiar”). Mas este só é encontrado em cerca de 10% dos casos.
No segundo tipo os cientistas estimam que o fator genético seja mais
importante do que no primeiro que estaria mais propício às alterações da
idade. De qualquer forma, o risco de desenvolver a doença é de 2 a 3
vezes maior quando se tem antecedentes da doença na família,
principalmente em parentes próximos, embora isso não seja determinante.
O mal de Alzheimer é uma doença progressiva e se desenvolve de
maneira diferenciada de pessoa para pessoa, mas costumam-se atribuir
três fases distintas para a doença: na fase inicial a pessoa pode sofrer
com perda de memória (este é um fator que caracteriza qualquer tipo de
demência), desorientação, confusão, ansiedade, agitação, ilusão,
desconfiança, alteração da personalidade e do senso crítico,
dificuldades em desenvolver atividades rotineiras como tomar banho, se
alimentar, cozinhar, fazer compras, dirigir e etc.; na fase
intermediária além de haver um agravamento dos primeiros sintomas o
paciente pode apresentar dificuldade em reconhecer amigos e familiares,
pode perder-se em locais conhecidos, apresentar alucinações, perda de
peso (devido à dificuldade de se alimentar), incontinência urinária,
dificuldades com a fala e a comunicação, movimentos e fala repetitiva,
distúrbios do sono, início de dificuldades motoras; na fase final o
paciente já apresenta dependência total de cuidados, imobilidade
crescente, incontinência urinária e fecal
mais graves, tendência em assumir posição fetal, mutismo, devido à
dificuldade em se locomover ele tende a ficar mais restrito ao leito ou a
algum outro local como uma poltrona. A imobilidade pode acarretar uma
série de outras complicações como escaras, aumento do risco de doenças respiratórias e infecções.
Geralmente o portador do mal de Alzheimer falece de 4 a 8 anos após o
diagnóstico da doença por causa de doenças respiratórias (a mais comum é
a pneumonia). Isso porque, devido à idade e à dificuldade em se
comunicar e alimentar a pessoa fica mais frágil e não consegue dizer se
está sentindo frio, calor ou dor. Contudo existem pessoas que vivem até
22 anos com a doença, o que vai depender da velocidade com que ela se
desenvolve e se o paciente recebe o tratamento adequado.
O diagnóstico da doença é dado por um médico especializado através da
exclusão de outras possíveis causas para os sintomas. Geralmente só se
consegue confirmar se a pessoa morreu de Alzheimer com certeza absoluta
após a morte quando é feito um exame de um pedaço minúsculo do tecido
cerebral e constatadas algumas anormalidades.
Conforme envelhecemos nossos neurotransmissores
vão perdendo a capacidade de se comunicar. Entretanto, em pessoas com o
mal de Alzheimer o processo ocorre de forma anormal. Aglomerados de
células mortas, em processo de morte e proteínas vão se acumulando no
cérebro (são os emaranhados neurofibrilares, as placas neuríticas e as
placas senis) de maneira que as partes do cérebro vão deixando de se
comunicar e com isso a pessoa perde aos poucos suas capacidades mentais.
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