O acidente vascular encefálico, ou derrame cerebral
como é popularmente conhecido, acontece quando o cérebro deixa de ser
irrigado pelo sangue, que normalmente deveria abastecer todo o encéfalo
com oxigênio e glicose, causando assim, a perda da funcionalidade das
células de tecido nervoso conhecidas como neurônios. É importante lembrar que o AVE também pode atingir a medula espinhal, o cerebelo e o tronco encefálico.
Trata-se de um mal súbito que pode ser classificado em duas
categorias. AVE hemorrágico e AVE isquêmico. No primeiro caso, embora
menos comum, ocorre uma hemorragia
(causada pela ruptura de um vaso sangüíneo intracraniano) no local
atingido que leva à formação de um coágulo, vindo a afetar esta ou
aquela função cerebral. Já no AVE isquêmico o que acontece é a ausência
de irrigação (graças à obstrução de um vaso sangüíneo) de determinada
região cerebral, causando, desta forma, morte do tecido cerebral.
Em relação aos sintomas, os mais freqüentes são:
- Fraqueza para movimentar um dos braços ou uma das pernas, ou dificuldade para sorrir.
- Distúrbios visuais como a cegueira de um dos olhos ou de ambos temporariamente.
- Dificuldades para falar, ou seja, a pessoa fala frases sem sentido ou
tem de fazer muito esforço para dizer o que pensa, ou, ainda, para
entender o que está sendo dito por outrem.
- Dor de cabeça intensa sem motivo aparente.
- Perda de equilíbrio.
- Alteração da sensibilidade e vertigens muitas vezes associadas a náuseas ou vômito.
Os fatores que contribuem para esta doença são: a hipertensão
arterial, doenças cardíacas, etilismo (consumo elevado de álcool),
tabagismo, níveis alterados de colesterol, obesidade e diabetes.
Nos dias atuais existem drogas capazes de evitar a morte de pacientes
acometidos por esta doença e de dissolver os coágulos que ela pode
ocasionar, restabelecendo uma circulação normal rapidamente.
O pronto atendimento é crucial, pois estas drogas, para funcionarem
adequadamente, devem ser ministradas num prazo máximo de três horas
depois do início do ataque.
A reabilitação deve começar ainda no hospital e deve durar o tempo
que for necessário. Quando, por exemplo, houver um distúrbio na fala é
necessário o acompanhamento de um fonoaudiólogo, já no caso de
distúrbios como o de atenção, o paciente pode ser reabilitado com
tratamentos neuropsicológicos.
Como para cada paciente é utilizado um determinado tipo de tratamento
há situações em que é indicado o acompanhamento de um fisioterapeuta ou
de um profissional que auxilie o paciente a praticar equitação ou
atividades físicas dentro da água.
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